domingo, 12 de dezembro de 2010

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Tento me despir  agora de todos os maus sentimentos que tomam conta de mim,  de todos os pesadelos que rodeiam meus pensamentos.  
 Agora me apresento de coração despido, peito aberto,face lavada, mas a alma ainda encontra-se envenenada.  A chuva fina e  a noite calma ajudam a compor o cenário assustador em que me encontro. Tento,neste exato momento,  me livrar do gosto amargo da raiva, do azedume da mágoa.
Estes horríveis gostos estão entranhados em meu corpo. Luto contra eles, não consigo vencê-los, são mais fortes do que eu, falta-me forças para lutar, sinto-me cansada, incapaz de dominar os sentimentos da minha própria alma. 
Chega a ser estarrecedor pensar no que se passou, não encontro solução  para tal situação. Procuro esquecer tudo, mas manter a mente vazia tornou-se um esforço tremendo.
Respiro lentamente na tentativa de dominar meu próprio corpo, cada expiração traz em si a esperança de ultrapassar meus limites,tal esperança aos poucos está se tornando  menos tênue, e  está se convertendo na real possibilidade de tudo dar certo.   
Escuto o sussurro da minha mente e com um pouco mais de meditação este sussurro  torna-se bem mais claro até transformar-se em um grito ensurdecedor. Não é um grito comum, o signifado deste grito é bem mais amplo do que posso descrever, é exatamente o que eu precisava,este simples grito traz consigo o antídoto parar curar a minha alma enferma, traz a solução para que toda esta situação seja superada!